Kamila Câmara Correia

DIVERSIDADE DE MACROPHOMINA ASSOCIADA AO FEIJÃO-CAUPI NO CARIRI CEARENSE

Descrição: O feijão-caupi é a leguminosa alimentar mais importante das regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo considerada a principal fonte de proteínas das populações de baixa renda. No Cariri Cearense o plantio desta leguminosa é realizado na estação úmida (fevereiro-junho), porém alguns produtores fazem cultivo sucessivo (plantio nas duas estações), fazendo uso da irrigação na estação seca. Os principais fatores que limitam o desenvolvimento do feijão-caupi na região do Cariri é a utilização de cultivares com potencial genético reduzido e a ocorrência de doenças e pragas. Entre as doenças de maior severidade na cultura, encontra-se a podridão-cinzenta causada por fungos do gênero Macrophomina. A podridão-cinzenta é uma doença de colo e raiz, comumente encontrada causando sérios prejuízos em feijão-caupi. O agente causal sobrevive no solo por longos períodos, dependendo das condições ambientais e da associação com resíduos do hospedeiro, causando grande perdas na produção ou até a limitação da área para cultivo de plantas hospedeiras. Para evitar a doença, os agricultores abandonam as áreas infestadas, gerando grandes perdas econômicas e sociais. O controle da podridão-cinzenta consiste no uso plantas resistentes e rotação de culturas. Entretanto, para o desenvolvimento de medidas de controle e para o desenvolvimento de cultivares resistentes, conhecer as características genéticas, as características morfológicas e a patogenicidade e virulência dos isolados é de fundamental importância. Com isso, o presente projeto tem por objetivo caracterizar a diversidade de Macrophomina associadas ao feijão-caupi no Cariri Cearense por meio da caracterização morfológica, analise da patogenicidade e virulência e determinação das espécies que estão presentes nos plantios da região. 

DIVERSIDADE GENÉTICA E PATOGÊNICA DE ISOLADOS DE RHIZOCTONIA ASSOCIADOS AO FEIJÃO-CAUPI NO CARIRI CEARENSE

Descrição: O feijão-caupi é uma das leguminosas mais adaptadas e nutritivas entre as espécies cultivadas. No Brasil, a introdução ocorreu provavelmente no estado da Bahia, pelos povos africanos trazidos como escravos no período colonial. Historicamente, a produção de feijão-caupi se concentra nas regiões Nordeste, com 1,2 milhões de hectares cultivados, e Norte, com 55,8 mil hectares cultivados. O estado do Ceará se destaca como um dos maiores produtores de feijão-caupi. Em todas as regiões do Estado são encontradas áreas de produção, sendo cultura tipicamente de unidades de agricultura familiar, embora a área total cultivada seja muito significativa. Na Cariri, o feijão-caupi é cultivado em cerca de 32.696 ha. O plantio é realizado na estação úmida, porém alguns produtores fazem cultivo sucessivo, fazendo uso da irrigação na estação seca, tendo assim cultivo o ano inteiro. Um dos principais fatores que limitam o desenvolvimento da cultura no Nordeste é a ocorrência de doenças. A rizoctoniose é uma das doenças do feijão-caupi mais frequentes e de maior intensidade no Nordeste brasileiro. É extremamente importante nos cultivos do Cariri Cearense, tendo em vista o plantio sucessivo em muitas áreas de produção, o que vem favorecendo o desenvolvimento e manutenção do agente causal na área, pois este encontra condições perfeitas para a sua sobrevivência. O projeto de pesquisa tem como objetivo avaliar a diversidade genética e patogênica de isolados de Rhizoctonia associadas ao feijão-caupi no Cariri Cearense por meio da caracterização morfológica, determinação da condição nuclear e os grupos de anastomose e analise da patogenicidade e virulência.